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A vida pede passagem: Magó presente

Eu não conheci a Magó. Infelizmente, nossos caminhos não se cruzaram antes do dia 25 de janeiro deste ano.

Explico: foi nesta data, que a jovem foi encontrada morta, com sinais de violência sexual, em Mandaguari, no interior do Paraná.

Maria Glória Poltronieri Borges, era uma jovem artista e produtora. Era uma jovem que transmitia alegria pela dança e pelo teatro.

E olha, as alegrias foram tantas, que a Magó deixou sementes.

Eu fui a uma manifestação contra o feminicídio, que carregava o nome dela. Lá, na Praça Santos Andrade, eu vi amigas, familiares e desconhecidas: todas carregavam flores.

Pude entender que lá, eram as sementes florescendo. Eram a ideia da jovem e a sua memória, que não podemos deixar apagar.

É por isso, para que as sementes floresçam e para que a memória desta vítima não seja deixada no esquecimento, que decidi colocar o nome dela num jardinete.

A luta contra o feminicídio deve ser uma luta de toda a sociedade. As mulheres precisam ter o direito de ir e vir, sem medo de morrer.

A liberdade de um corpo feminino, não deve dar autoridade para que um homem o viole e o abuse.


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