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Maria Leticia reitera opinião pelo não fechamento da UPA Pinheirinho

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu, na sessão desta segunda-feira (3), a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Flávia Adachi. Ela falou sobre o atendimento nos diferentes “pontos de atenção” da rede. “Estamos à procura de outro local” afirmou, por exemplo, sobre a unidade de estabilização psiquiátrica, cuja implantação ocorreria onde hoje funciona a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho. O convite (052.00007.2018) para a servidora foi apresentado pelo vice-líder do prefeito na Casa, Sabino Picolo (DEM), e assinado por diversos vereadores, após a retirada de um pedido de convocação.

Segundo Flávia, o projeto está mantido. O novo equipamento, continuou ela, acolheria “situações mais agudas, que envolveriam risco”, e após a estabilização os pacientes seriam direcionados a outros serviços do SUS municipal. “Já é um desenho que vem de um tempo. Seria uma retaguarda às UPAs, aos CAPs [Centros de Atenção Psicossocial], ao próprio Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], às equipes do Consultório na Rua”, disse a coordenadora da SMS.

“A gente sabe do aumento da demanda pela saúde mental”, ponderou a presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da CMC, Maria Leticia Fagundes (PV). No entanto, a vereadora lamentou que o Legislativo soube da “notícia [anúncio feito em 19 de outubro] depois que já estava tomada a decisão e na véspera do fechamento [da UPA Pinheirinho, para reforma e posterior atendimento como unidade de estabilização psiquiátrica]”. Ela ainda negou a baixa demanda por urgência e emergência no local: “Representa, em relação a outras UPAs, o terceiro maior [número de casos] da cidade [nesse segmento]”.

“Esta conversa com a Câmara é estratégica, é importante, mas dentro de nossas ações é importante que possamos dar uma resposta rápida”, complementou a superintendente de gestão da SMS, Tânia dos Santos Pires. “Aquele serviço continuaria aberto. Apenas mudaria o perfil daquela urgência [de geral para saúde mental].” Em sua avaliação, a comunidade “não sofreria”.

“Nos 22 meses em que a UPA CIC ficou fechada, para reforma e todo o processo de reabertura, aquela UPA conseguiu sustentar os atendimentos. Teríamos um ganho no serviço, e não uma diminuição. Temos que olhar a cidade como um todo e suas prioridades”, argumentou Tânia. Depois de manifestações de moradores da região e de questionamentos de vereadores, a prefeitura voltou atrás na decisão, ainda em outubro. Além de Maria Leticia, Noemia Rocha (MDB), Helio Wirbiski (PPS) e Thiago Ferro (PSDB) falaram sobre o tema.

Foto: CMC



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