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Maria Letícia explica que lugar de criança é na escola

Desde que o mundo é mundo muitas crianças abandonam ou colocam em segundo plano o ambiente escolar para enfrentar rotinas de trabalho. Deixam de lado o futuro e o tempo de brincar da infância, que passa rapidamente entre os dedos, sem direito de volta. A proposta apresentada na Câmara Federal, quer alterar a idade mínima de 15 a 16 anos para que crianças de 12 anos possam ingressar no mercado de trabalho. Não tem como não chamar de absurdo essa proposta. A legislação já permite a admissão de menores aprendizes aos 14 anos, porém aos 12 anos é pular uma etapa da infância das crianças e ferir os direitos que levaram anos para serem estabelecidos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016, o mercado de trabalho brasileiro apresentava um número significativo de menores trabalhando, apontando 998 mil crianças submetidas a trabalho ilegal em todo o território nacional. Destes dados, 190 mil são crianças de até 13 anos de idade, que segundo a lei, não poderiam trabalhar sob nenhuma circunstância ou motivo.

O trabalho infantil é uma realidade existente e predominante no Brasil. Com a aprovação dessa proposta para redução da idade de ingresso no mercado de trabalho só irá viabilizar ainda mais que crianças realizem atividades que não condizem com a rotina que deveriam ter. Já passou da hora de inovar a política e as leis, em prol da infância e da garantia dos direitos da criança. Ao meu ver, trabalho é responsabilidade para adulto, porque o melhor lugar da criança sempre será na escola.


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