top of page

Maria Letícia não concorda com corte de verbas do governo às universidades federais

Apoio à moção

Apesar de apoiar a moção, Euler concorda que o repúdio, “pela questão da forma”, pode passar uma ideia equivocada – no Sistema de Proposições Legislativas, a proposição é cadastrada como “requerimento de moção de repúdio ou protesto”. “Se fosse para fazer algum tipo de corte, seria de acordo com a realidade de cada instituição, após um estudo adequado. Tem que se investir mais na educação, na Básica e também na Superior”, avaliou.

Maria Leticia lembrou do congelamento das verbas da saúde e da educação por um prazo de 20 anos, aprovado na gestão Michel Temer. “Vamos criar um bando de gente sem condição crítica. O que me faz pensar que estamos caminhando para criar uma geração de ignorantes, de gente sem formação. Que vai certamente repercutir lá na frente em nossa economia, em nossa cultura. Universidade, [com] pelados ou não pelados, é lugar de diversidade”, respondeu. “Nosso presidente se elegeu falando de educação e parece que vai na contramão. O que ele vai fazendo é tirar recursos de uma universidade que já sangra há muito tempo.”

Para Noemia, a “unanimidade é burra”. Ela destacou a carta aberta que envolve 800 instituições acadêmicas do mundo, escrita em Harvard, nos Estados Unidos, contra cortes em investimentos em cursos de Sociologia e Filosofia, anunciados por Bolsonaro. “Não dá para generalizar que todas as universidades estão fazendo coisa errada.” A vereadora atribuiu “questões pontuais” à “decadência de valores familiares”. Por fim, rebateu Julieta Reis: “Já assinou voto de repúdio sim. No caso do cantor [Agnaldo Timóteo, aprovado em março do ano passado]. Não vejo que vá desmoralizar o governo. Não, vai mostrar que o governo precisa ser reavaliado”.

Por fim, Josete respondeu as críticas: “[O repúdio] está previsto em nosso Regimento Interno. Tivemos inclusive uma comissão [especial] no ano retrasado [de revisão do documento]”. Sobre os investimentos do PT na educação, alegou que “as pessoas podem usar os dados de forma equivocada”, mas que as gestões de seu partido avançaram nessa área, como na criação de institutos federais, do piso salarial nacional para professores da Educação Básica e de programa de iniciação científica para cursos de licenciatura. “Enxugou em vários aspectos, mas foi o governo que criou mais vagas. Dobramos as vagas na universidades públicas. Ao contrário do que está sendo feito. É um ajuste para desmontar a universidade pública e desmontar a pesquisa de ponta. É um ataque à universidade pública.”

Colaboração: CMC

Texto:Fernanda Foggiato

Revisão:Claudia Krüger


bottom of page