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Por que as crianças e adolescentes de Curitiba não estão indo se vacinar?

Crianças e adolescentes não estão indo aos locais de vacinação em Curitiba e isso é muito preocupante. Ainda mais com a volta às aulas e o surto de casos pediátricos registrados na cidade.

Segundo dados da Prefeitura de Curitiba, já foram convocadas 154 mil crianças, mas apenas 66,2 mil se vacinaram, representando 44% da população infantil. As faltantes, que são 87,8 mil, terão que se vacinar durante o período da repescagem. No último sábado, a expectativa era que 40 mil crianças recebessem a primeira dose, mas só 14 mil foram vacinadas. No final de semana todo, apenas 44% das doses foram aplicadas.

O Hospital Pequeno Príncipe, maior hospital dedicado exclusivamente ao atendimento pediátrico no Brasil, registrou uma avalanche de casos no último mês. A cada 100 crianças atendidas com sintomas respiratórios, 43 testaram positivo para Covid-19.

“O quadro é preocupante, mas ao mesmo tempo era esperado dentro da conjunção de fatores que são aglomerações de Natal, ano novo, férias escolares, mais o fato de as crianças ainda não estarem vacinadas e a circulação da cepa ômicron, que é tão agressiva quanto o sarampo, uma das doenças mais transmissíveis na pediatria”, avalia o diretor técnico do Pequeno Príncipe, o médico infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Junior.

Muitos mitos sobre a vacinação de crianças e adolescentes têm surgido e prejudicado o avanço da imunização. Essa é a possível justificativa para que os pais, mães e responsáveis não estejam levando seus filhos para vacinar. Circulam na internet e em redes sociais como whatsapp e telegram informações falsas como: atribuir casos de autismo às vacinas, dizer que o imunizante altera o DNA das pessoas e afirmar que as crianças estão sendo usadas como “cobaias” para testes. Casos de miocardite também têm sido atribuídos de maneira falsa à vacina. Todas essas informações falsas já foram desmentidas pelos órgãos responsáveis. As vacinas pediátricas Pfizer/BioNTech foram amplamente estudadas, passaram por todas as fases de estudo e foram aprovadas pela Anvisa. Países como Estados Unidos, Israel e Reino Unido, considerados referência na vacinação, também estão usando o imunizante em crianças.

Maria Leticia: única vereadora médica da Câmara Municipal, tem atuação forte em defesa da vacina.

Os benefícios da vacina em crianças e adolescentes representam mais do que o direito à saúde. Além de evitar casos graves da doença e mortes, a imunização diminui a transmissão do vírus para pessoas mais velhas, reduz o número de internações nas redes de saúde, liberando o atendimento de outras doenças e permite que as crianças voltem para a escola e possam brincar, interagir e se desenvolver com segurança.

Os dados oficiais já mostraram que as vacinas são seguras e eficientes. Mães, pais e responsáveis cuidem das crianças, vacina é vida.


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