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Purple Day: colocando luz no preconceito

Dia Mundial de Conscientização sobre Epilepsia, 26 de março, iluminou de roxo diferentes endereços da cidade

Arena da Baixada, Caixa D’Água da Copel, 1ª Igreja Batista de Curitiba, Praça 19 de Dezembro, Câmara Municipal, Jockey Plaza Shopping e Assembleia Legislativa. Quem passou por um desses endereços em Curitiba vai encontrou os locais “vestidos de roxo”, graças a uma iluminação especial que marca o Purple Day, um dia dedicado ao combate do preconceito contra a Epilepsia. Celebrada no mundo todo com o objetivo de colocar fim ao estigma da doença, a data chama atenção para um distúrbio temporário e reversível do funcionamento do cérebro, não transmissível, em que as atividades das células nervosas são perturbadas durante instantes.

As crises convulsivas são as mais conhecidas. Quando ela ocorre, a pessoa pode cair no chão e apresentar contrações musculares em todo corpo, além de mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar. Outro tipo de crise, conhecida por “ausência”, é caracterizada por um comportamento de desligamento, em que a pessoa fica com um olhar fixo e perde o contato com o meio por alguns segundos.

As causas da doença são variadas: podem ser genéticas ou derivadas de infecções como meningite e neurocisticercose, abuso de álcool e drogas, infecções perinatais, tumores cerebrais, etc. O tratamento envolve acompanhamento com Neurologista. Já o acompanhamento psicológico pode ser necessário mais pelas consequências do preconceito do que pelas dificuldades que o quadro clínico impõe.

Luana Vieira sabe bem o que é isso. Seu filho teve a primeira crise convulsiva há 6 anos e de lá para cá a família enfrenta uma jornada de combate à desinformação. “Na escola ninguém sabe nada, nem em outros lugares. Ninguém tem informação sobre a doença, por isso falar sobre ela é muito importante”, explica.

Informação para combater o preconceito

Situações como essa comprovam o poder das informações preventivas no combate ao preconceito, já que o estigma com a epilepsia afasta as pessoas de oportunidades de estudo e trabalho. Foi pensando nisso que a médica e vereadora Maria Leticia (PV) propôs dois projetos que resultaram nas leis nº 15.708/2020, que institui o dia 26/03 como o Dia Municipal da Epilepsia; e nº 15.816/2021, que orienta às empresas a adoção de campanhas informativas. “O grande problema da epilepsia não é a doença. É o preconceito. É o preconceito que impede as pessoas de encontrarem oportunidade de trabalho, de estudarem e de viverem uma vida normal”, avisa a vereadora.

O que fazer diante de uma crise

Para acolher com tranquilidade uma pessoa em crise, siga as dicas:

  1. coloque a pessoa deitada de lado, afrouxando suas roupas e retirando objetos próximos que a possam machucar

  2. proteja a cabeça, para que ela não bata no chão. Não tente proteger a língua e não insira nenhum objeto na boca da pessoa: engolir a língua é mito!

  3. levante o queixo para facilitar a passagem de ar

  4. não impeça os movimentos

  5. atenção ao tempo de duração da crise: episódios que se prolongam por mais de 5 minutos ou crises consecutivas em curto período de tempo devem ser tratados como emergência médica. Nesse caso, chame o Samu. Ligue 192.

Na imprensa:

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