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Unidades de Saúde de Curitiba vivem situação caótica

Medidas adotadas pela Prefeitura de Curitiba causam desrespeito, falta de segurança e precarizam o atendimento médico nas UPAs do Pinheirinho, Boqueirão e Boa Vista.

Desde o dia 16 de março de 2020, com o Decreto Municipal n.º 421, a Secretaria de Saúde tem adotado medidas emergenciais para conter a alta de atendimentos, mas o que parece ser uma gestão eficiente tem provocado consequências problemáticas. As Unidades de Pronto Atendimento do Boqueirão, Pinheirinho e Boa Vista receberam diretrizes que tem prejudicado tanto profissionais da saúde como pacientes.

Falta de médicos, equipamentos quebrados, consultas realizadas em tempo recorde, agressões diárias e consultórios improvisados. Esses são alguns exemplos das denúncias que o Sindicato dos Médicos de Paraná (Simepar) e a vereadora Maria Leticia (PV) receberam nos últimos meses. No final de janeiro, uma médica foi fisicamente agredida na UPA do Pinheirinho enquanto fazia seu trabalho.

“A saúde de Curitiba está doente. Doente porque não existe diálogo entre os profissionais e a Secretaria Municipal de Saúde. Doente quando os responsáveis afirmam que os agentes da saúde são heróis mas não proporcionam a eles condições e segurança para que possam exercer o seu trabalho” afirmou a médica e vereadora Maria Leticia (PV), em plenário, ao prestar solidariedade aos profissionais da saúde.

Maria Leticia leu nota de repúdio do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná à agressão. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

As situações relatadas representam violações ao Código de Ética Médica, a precarização das condições de trabalho, mas não só isso: impactam negativamente a qualidade do atendimento à população. A UPA do Boqueirão acaba de virar um Centro de Internamento, o que promete afogar ainda mais as filas nas demais Unidades de Pronto Atendimento.

“Muitos médicos simplesmente não suportam a pressão e pedem para sair. As escalas estão no limite mínimo legal e qualquer ausência deixa uma lacuna sobrecarregando ainda mais os médicos em serviço”, comentou o diretor do SIMEPAR, Alceu Pacheco Neto.

O Sindicato dos Médicos do Paraná, enviou uma “notícia de fato” para a Procuradoria Regional do Trabalho do Paraná, pedindo para o Ministério Público apurar as denúncias e tomar as providências cabíveis. A vereadora Maria Letícia também enviou de dois ofícios ao MPT- PR, pedindo providências e uma possível abertura de procedimento administrativo para que os fatos sejam investigados.

Biombos instalados nas Unidades de Pronto Atendimento tiram a privacidade das consultas médicas (Foto: SIMEPAR)

A Secretária de Saúde, por meio de nota, lamentou a agressão ocorrida na UPA do Pinheirinho. Sobre as denúncias, não houve respostas.

Saiu na imprensa:




(Plural)




(Câmara Municipal de Curitiba)




(Sindicato dos Médicos do Paraná)



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